sábado, 3 de novembro de 2007

À loucura


Comigo também foi assim... Eu sabia que me tornaria louca sem deixar o convívio social. E esse seria meu fardo: só eu saber da minha loucura. Então, tornei-me anti-social, por muitos rotulada de desenturmada. Só porque não exilei-me como fez Osho ou Buda, para evoluir. Ahh, mas ficar em grupo proferindo achismos, quando devo ouvir, apenas ouvir... É besteira! Enfim, aqueles que sabem o que estão falando que digam a sua verdade, não eu aprendiz.

De grupos meus ouvidos ensurdeceram. Portanto, nem sempre socializo. Prefiro os livros, os filmes, os animais ou as plantas e paisagens. Assim assimilo a vida sem disputar palavras, na maioria das vezes vagas.

Desses grupos achistas, outro dia ouvi dizer que o anti-social é desenturmado, o que é verdadeiramente idiota porque a palavra "desenturmado" traz a concepção de rejeição e, no entanto, é o anti-social que rejeita.

Não tenho a menor necessidade de fazer parte de qualquer grupo que seja, até porque já faço parte de vários, à minha maneira, com meus limites. Acho que há grandeza no saber andar por aí sozinho. Ou com o "migo", que é um ótimo amigo, vai onde eu quero, pensa como eu e melhor ainda, me entende. Hoje comemoro a loucura, pois andar comigo faz-me rir.