sexta-feira, 21 de março de 2008

Medo

O medo tem se espalhado como uma doença contagiosa pelo mundo. Medo dos ataques terroristas, medo dos aviões, medo da AIDS e das grandes epidemias, medo dos assaltos e da violência, medo de ter medo.

O medo, muitas vezes, se transforma em preconceito. Quantas vezes já não vimos desviarem o caminho pelo medo? Medo do estranho, medo do negro, medo do pobre, medo dos mulçumanos.

O olhar do medo também é retribuído. Medo de ser confundido, medo de ser rejeitado, medo de não sobreviver e de ter que entrar nas regras do jogo, medo das consequências.

O medo atinge qualquer pessoa, nao vê idade, raça ou classe social. O medo pode ser limite, preocupação, pânico, o medo pode ser fantasia, pode não vir, pode vir muito cedo.

As pessoas vão vivendo perseguidas pelo medo e são quase obrigadas a se adaptarem a essa realidade. O medo cria grades e correntes, ar de desconfiança de limites sem fronteira.

Quem tem medo, vê medo em qualquer lugar, por que o medo está dentro e não fora. Quem tem medo, teme por si e pelos outros. Não teme sempre, mas a qualquer hora.

Medo é subjetivo e as vezes generalizado. Medo pode ser solidário e muito egoísta. Medo vem junto com os sentimentos mais bonitos e, na maioria das vezes, acaba com eles.